- Mãe, está tudo bem? - perguntei, mal atendi.
- Está, está. É só que o João Hugo está no Porto esta semana e queria encontrar-se contigo.
- Desculpa, quem?
- O João Hugo. Encontravam-se muitas vezes quando eram pequenos.
- Não me lembro...
- Não interessa. Dei-lhe a tua morada e ele disse que te mandava as indicações.
- Mas...
De repente só ouvia o pi pi do telemóvel. Tinha-me desligado na cara, não era possível!
Ainda estava a resmungar comigo mesma quando alguém me tocou à campainha. E foi a resmungar que eu fui atender. Não estava ninguém à porta, mas no meu tapete encontrava-se uma caixa branca gigante com um bilhete. Tudo aquilo me parecia um daqueles filmes americanos e não estou a gostar nada. Não mesmo. Especialmente porque não conhecia, ou não me lembrava, não importa, o autor disto tudo.
Abri o bilhete:
"Olá Patrícia.
Espero que ainda te lembres de mim e que não tenhas planos para hoje. Pelo menos a tua mãe disse-me que não.
Às 19h00 mando o meu motorista buscar-te.
Nunca deixei de pensar em ti.
Hugo.
P.S.- Espero que gostes do vestido. "
Isso é impossível. Se ele se limitasse a me conhecer talvez saberia que vestidos e eu é igual a piores inimigos.Levei a caixa para dentro e pousei-a na minha cama. O que fazia agora com aquilo? Ia ter com ele ou não? Olhei para as horas. 17h45. Ainda tinha tempo para pensar, mas precisava de ajuda e ninguém melhor que a minha melhor amiga para isso, Joana.
Joana é a minha melhor amiga desde o meu 10ºano. E agora na universidade vivemos juntas na mesma casa, se bem que estudamos coisas completamente diferentes. Eu estou em Ciências Farmacêuticas e ela em Engenharia Mecânica. Não percebo bem como é que ela está nesse curso sendo tão rapariga. E ninguém percebe como é que somos melhores amigas sendo opostas, mas a beleza da nossa amizade está mesmo nisso.
Mandei-lhe uma mensagem com S.O.S e esperei pela resposta. Enquanto esperava fui abrindo a caixa. Lá encontrava-se um vestido preto, cai cai, largo, pelo joelho e com uma espécie de cauda, e ao lado uns saltos agulha mais altos que tudo o que eu conhecia. Decididamente não ia ter com ele. Não com aquele vestido. O telemóvel tocou. "Estou em exame. Mas o que quer que seja já sabes que é sim." era o que dizia a mensagem. É impressionante como ela sabe sempre que quando é S.O.S são coisas que eu digo imediatamente que não.
Bem, não perdia nada em tentar não é? Se não gostasse mandava uma mensagem para ela inventar uma desculpa e eu sair de lá rapidamente. Perfeito.
Fui tomar banho e vesti-me. Já estava tão diferente de mim mesma que decidi que o cabelo ia tal como estava, todo emaranhado. Não me importa o que ele diga sobre ele, isso sou eu mesma.
Quando desci estava um senhor com uma placa com o meu nome. Não podia acreditar, estava uma limusina à porta do meu prédio. E estavam todos os vizinhos a olhar. NÃO NÃO E NÃO!! Gossip Girl e 90210, tal e qual! E eu não quero ser uma Serena ou Naomi da vida não senhora. Foge. Vou fugir.
- Olá Patrícia. - uma voz grave soou ao mesmo tempo que ouvia a porta da limo a abrir.
Voltei-me para ele e analisei o seu rosto. Não me lembrava dele. E eu sou muito boa com rostos.
- Olá! - disse, e sorri.
- Estás linda. E adoro o teu cabelo. - disse-me, enquanto me cumprimentava e puxava para dentro da limo. Será possível que a única coisa que mostra quem eu sou ele tenha gostado? - Achei que como ainda é cedo para jantar podíamos ir a um café conversar... E como aposto que não queiras andar com a limo atrás de ti, podíamos ir a pé até ao restaurante, que é perto do tal café.
- Hum... Quão perto? - perguntei.
- O suficiente para não caíres nem te queixares dos pés. Andar com esses saltos não é fácil pois não?
- Pois. - respondi. Será que ele tinha pensado em tudo?
Ficamos calados por uns momentos. Sentia os olhos dele postos em mim, mas a única coisa que conseguia fazer era olhar pela janela e ver os prédios a passar. Mas chegou a uma altura que o silêncio se tornou constrangedor.
- Preferes Hugo a João e João Hugo não é? - perguntei, lembrando-me que ele apenas tinha assinado como Hugo.
- Foi por culpa tua. Disseste que João Hugo era muito comprido e que João havia muitos e passaste a tratar-me por Hugo.
- Oh... - não me ocorreu mais nada para dizer e voltamos ao mesmo silêncio.
Pelo canto do olho vi que ele queria falar, mas de cada vez que abria a boca voltava a fechá-la. Fez-me lembrar imenso como eu era antes. Antes de ter mudado e começar a ser uma pessoa que dizia tudo o que vinha a cabeça, coisa que estava a tentar evitar ao máximo fazer esta noite.
Antes que eu pudesse dizer que ele podia estar à vontade comigo e dizer tudo o que pensava, a limo parou e o senhor abriu-nos a porta. Olhei em volta. Vivia naquela cidade à 3 anos e nunca tinha passado por aquele café. Ou pelo menos nunca me apercebera dele.
Era bastante bonito e elegante, combinava com o meu acompanhante.
- É lindo. Nunca me tinha apercebido que existia este café aqui no Porto. - sorri-lhe.
- Achei que não. Geralmente os estudantes não vêm a este café por ser demasiado fino. E como te queria surpreender... - ELE COROU!! Não podia.
- Bem, conseguiste. Vamos entrar? - achei por bem incentivá-lo, visto que ele se tinha dado a este trabalho todo.
Enfiei o meu braço no meio do dele para o fazer sentir melhor. E vi-o a corar e a sorrir ainda mais. Entrou com convicção.
No momento em que entrei, percebi que não o devia ter incentivado a entrar. Devíamos ter ficado lá fora a conversar. A risada que se ouvia de dentro do café era uma risada muito bem conhecida minha e despedaçou-me o coração. Não podia ser ele... A minha sorte não me podia abandonar...
Olhei em frente e vi-o. Já não falava com ele desde 10 Fevereiro de 2011, já não o via desde 24 de Junho de 2011 e já não tinha notícias dele desde 22 de Julho de 2012, dia em que a minha melhor amiga fizera o exame de Física e Química com ele. E agora ele aparecia-me à frente, ele e o seu melhor amigo que me detestava e que eu também detestava, por sinal.
Baixei a cara ao passar por eles, mas reparei que Bruno, o melhor amigo, me observava. Preparava-se para me mandar uma boca pitoresca qualquer, como eles sempre fazia para as "gajas boas", quando me reconheceu. Bem, não reconheceu reconheceu, porque a cara dele mostrava incredulidade e confusão. Sim, porque eu não era a rapariga que namorara com o rapaz ao lado dele durante 8 meses. Mudara, física e psicologicamente, se bem que ele apenas estava a ver a parte física.
As mudanças encaixavam em dois pontos. Primeiro, antes era gorda, agora emagrecera graças à entrada na universidade. Não recorrera a nenhuma doença tipo anorexia ou bulímia nem nada do género, apenas o stress de não me conseguir integrar. Sim, porque uma pessoa que não se importava nada com a aparência (e ainda não me importo, atenção!), nunca na vida se encaixaria num mundo onde as aparências e os interesses económicos é tudo o que importa. E foi exactamente isso que me aconteceu. O segundo ponto, e talvez o fulcral na questão, eu vestia calças e camisolas completamente largas, quase como um rapaz. Bem, ainda continuava assim, mas verem-me com aquele vestido e aqueles saltos, também eu duvidava que me conhecia, mesmo se continuasse gorda.
- Diogo, aquela não é a Tita? - ouvi-o perguntar.
Eu já estava sentada e foi tão descarado que até o João Hugo se apercebeu. Eu encolhi-me.
- Vou pedir que eles nunca mais chegam. O que queres? - perguntou-me João Hugo. Demorei um pouco a responder porque reparei que o Diogo me reconhecera e não tirara os olhos de mim.
- Um café, por favor. - respondi, encolhendo -me ainda mais. Fora mais uma coisa que mudara em mim, o café. Antes abominava café. Mas a necessidade de me manter acordada durante a época de exames, mais uma melhor amiga viciada em café, também me tornara viciada. - Sê rápido, por favor. - Não tenho a certeza se me ouviu, mas conseguiu ser rápido.
- Então, vais-me contar porquê que aqueles dois não param de olhar para nós? - perguntou João Hugo a sorrir. Aposto que lhe incomodava tanto quanto eu.
Dei um gole no café e disse:
- Prometes que não fazes juízos de valor nem nada parecido? - ele acenou. - Bem, o que está à esquerda chama-se Bruno. Basicamente não faz parte da história à excepção de me conhecer através do rapaz que está à direita dele. Diogo Armando Costa Pinto. Namorei com ele à 4 anos durante quase um ano, e desde então não namorei com nenhum rapaz. Em parte por medo, em parte porque... bem, não se esquece um namoro de quase um ano com um rapaz qualquer. Se bem que com ele foi assim. Ele acabou comigo no inicio do ano 2011, porque eu tinha ido numa viagem com os meus pais e não pude passar a passagem de ano com ele. Mas não conseguimos ficar muito tempo separados e uma semana depois voltamos. Mas essa segunda volta não durou muito. Tínhamos combinado estar juntos uma tarde, antes de ele ir para as aulas dele às 17h00 mas ele não apareceu. Eu tinha sabido na noite anterior pelo meu melhor amigo que ele passara as duas semanas em que estivemos separados com uma ex amiga minha e tive logo um mal pressentimento. Fui à escola ver se ele lá estava... E com quem o encontrei? Com essa minha ex amiga. Não estavam a fazer nada, mas eu senti-me completamente traída. Teoricamente e mentalmente sei que o que fez com que terminasse tudo com ele foi o facto de ter sabido na noite anterior esse facto, porque se soubesse logo no inicio por ele ou se nunca tivesse sabido, provavelmente apenas teria ficado chateada com ele... Mas acabei. Uma semana depois pediu para falar comigo para resolvermos as coisas. Disse-me que eu estava a fazer uma tempestade num copo de água e essas tretas todas, mas eu estava muito magoada... No dia seguinte assume uma relação com a que presumo ser a namora actual dele. - falara muito rápido e sem pausas e por vezes atropelava as palavras. Só quando me calei é que me apercebi que tinha falado demais. - Desculpa, acho que precisava de desabafar...
- A meu ver, tiveste razão. E pelas atitudes, o culpado de tudo foi ele, não tu. E devo dizer que ele é um estúpido, pelo que relataste agora. - respondeu o João Hugo a sorrir. Reparei que não estava a dizer isso só por dizer, porque os seus olhos mostravam raiva perante o relato e olhavam de canto para o Diogo. Ia começar a defendê-lo, mas achei que seria rude demais para com o João Hugo, uma vez que se mostrava tão preocupado comigo.
Bebi o resto do café de uma só vez e levantei-me.
- Vamos embora? - perguntei-lhe a sorrir e peguei-lhe na mão.
Quando passei pelo Diogo ouvi-o sussurrar-me algo como "tu não eras assim", mas não liguei e segui caminho. Quando cheguei lá fora, respirei fundo e comecei a caminhar.
- Ora bem, vamos para o restaurante! - exclamou João Hugo. Vi que ele estava visivelmente contente e indicou-me o caminho.
Já não tínhamos o silêncio constrangedor no meio de nós. Falávamos como se fossemos velhos amigos. Acho que foi por lhe ter contado o que mais me angustiava neste mundo que fez com que ele se sentisse mais à vontade comigo, o que me fez sentir bastante bem. Ele era bastante interessante, simpático, educado e tinha bastante humor, fazendo-me rir muito. E é sempre bom quando um rapaz nos faz rir. Contou-me a sua vida. Tinha estado em França até ao ano passado e este ano viera estudar para Lisboa. Estava a estudar Medicina e deu para fazer equivalência das cadeiras. Orgulho, sentira orgulho nele, não sabia bem porquê.
Estávamos a chegar ao restaurante quando eu vejo Joana com o namorado, Paulo. Joana tinha-se saído muito bem nessa área, como eu lhe costumava dizer. Paulo era lindo de morrer, afinal, era praticamente sósia do Kellan Lutz, a paixoneta famosa de Joana.
- Hey! - chamei. João Hugo parou de andar para ver com quem eu estava a falar e Joana e Paulo olharam para mim.
Joana veio a correr com os olhos super esbugalhados.
- OH MEU DEUS! Quem és tu e o que fizeste à minha melhor amiga? Quem é que te conseguiu vestir um vestido e uns saltos ao invés daquelas camisolas todas rokeiras, calças de ganga e sapatilhas sujas?
- Obrigadinha Joana. - disse, revirando os olhos. João Hugo riu-se ao meu lado chamando a atenção de Joana.
- E QUEM É ESTE? - perguntou.
-Eu já estava a chegar aí se não te pusesses as denegrir a minha imagem. - disse a rir-me. - Joana e Paulo, este é o João Hugo. É um amigo de infância que está aqui para me visitar. Hugo, esta é Joana, a minha melhor amiga e Paulo o namorado dela.
Todos se cumprimentaram e trocaram palavras amistosas.
- Tííh, não quero dizer nada, mas porquê que o Diogo está atrás de ti? - murmurou Joana ao meu ouvido.
Olhei para trás. Não podia acreditar! Ele seguira-me o tempo todo desde o café até aqui! Aquele traste estava a precisar de ouvir das boas!
Virei o meu corpo de modo a por-me em direcção a ele, mas Joana impediu-me.
-Ignora. - disse-me, baixo. - Então, o que estão aqui a fazer.
-Vamos jantar aqui. - respondeu João Hugo.
- Oh, nós também!! - respondeu Joana quase aos saltinhos. Vi no seu olhar o que ela sempre sonhara: um encontro a dois.
- Porque não jantam connosco? - perguntou João Hugo e eu olhei para ele. Aquela questão era genuína, não havia nada por detrás daquele pedido. Nunca nenhum rapaz antes fizera isso com a Joana e com Paulo.
- Perfeito! - disseram Joana e Paulo em uníssono.
Antes de entrarmos no restaurante dei uma última olhadela para trás e o Diogo ainda lá continuava. Se lá estivesse quando saíssemos ia falar com ele, decidi. Sentámo-nos e pedimos. João Hugo falava com todos ao mesmo tempo, sem deixar de me dar atenção. Incluía sempre todos em tudo o que dizia especialmente a mim. Tenho que admitir que me sentia especial. Por vezes ele punha a mão por cima dos meus ombro ou na minha perna, se bem que quando punha na perna corava e desviava logo, apenas para eu sentir a presença dele.
E foi apenas nesta altura que eu olhei para ele. Não olhar apenas, olhar com olhos de ver. Do nada comecei a vê-lo com outros olhos. Ele era bem lindo, não percebera como não repara nisso. Tinha olhos cor de mel com um brilho intenso, um sorriso espectacular, um rosto bem formado e delineado... E bonito. E era também podre de bom! Sentado a camisa colava-se à barriga e notava-se os abdominais bem definidos. Aposto que era atleta.
Borboletas apareceram na minha barriga. E não era por ele ser lindo, era pelo conjunto de factores. Não acreditava no que estava a acontecer... E não queria que isto acontecesse. Ele estava em Lisboa e morava em França. Lindo, obrigada mais uma vez por me quereres ver com o coração quebrado!
Quando saímos do restaurante já nem me preocupei em ver se o Diogo ainda lá estava e fiz o que faço melhor, comecei a actuar. Comecei a fingir que não se passava nada, que não tinha descoberto que me estava a apaixonar pelo João Hugo, que não ia sofrer mais uma vez. E foi a rir que fiquei o resto do caminho para casa.
Mal chegamos, a Joana e o Paulo subiram, deixando-me a mim e ao João Hugo sozinho cá em baixo. Vinha a parte pior.
- Bem, gostei muito desta noite, apesar de me teres feito sofrer imenso dos pés. - disse, a rir-me.
- Eu adorei esta noite toda. Desde as conversas, os teus amigos e principalmente estar contigo. - Agarrou-me a mão e puxou-me para ele.
Mais uma vez a frase "Filme de Hollywood" ocorreu na minha mente. Realmente esta noite toda tinha sido como um filme romântico de Hollywood. Mas eu tinha que parar. Tinha que parar antes que fosse tarde demais.
- Não... - murmurei, afastando-me.
-Porquê? - perguntou. - Pensei que talvez sentisses o mesmo...
- Lembraste da história do Diogo? Não aguento. Sim, sinto borboletas no meu estômago neste momento e desejo isso tanto quanto tu. Mas tu não estás aqui para estar comigo o tempo todo. Tu estás em Lisboa. E podes voltar para França. Se o beijo ocorrer o sentimento vai aumentar e eu não posso voltar a ter o coração partido, porque desta vez morro mesmo... - ao acabar entrei no meu prédio e fechei a porta.
Ainda o senti a esperar que eu me voltasse para ele ou abrisse a porta. Esperou e esperou, mas eu mantive-me impávida e serena de costas para ele. Senti o momento em que ele se foi embora e foi só aí que abri a porta para apanhar ar e comecei a chorar. Já estava a chorar baba e ranho quando senti alguém ajoelhar-se à minha beira.
- Desculpa, acho que não me apercebi o quão sofreste quando acabamos... - olhei para cima e estava lá o Diogo com um lenço na mão o que desencadeou uma nova de choro.
Ele abraçou-me e deixou-se ficar ali comigo. Apenas como se fosse meu amigo, como se nada de mal se tivesse passado connosco e tivessemos regressado ao dia 22 de Janeiro de 2010 quando nos conhecemos e nos tornamos amigos.
Quando melhorei olhei para ele.
- Eu desculpo-te, mas vai-te embora. Eu sei agora que não te amo, mas ainda desejo ser tua amiga. Mas sei perfeitamente que isso não funciona connosco, nem vai funcionar. Não fomos feitos para ser amigos. Se me amas como amigo não fiques, nem fales comigo, pois isso ainda me vai fazer sofrer mais.
- Eu entendo. E serás sempre aquilo que eu tive de mais perto de ser uma melhor amiga.
E foi-se deixando-me novamente sozinha.
Subi e dirigi-me ao meu quarto. Joana percebeu que não devia ir ter comigo e manteve-se na sala com o seu namorado. Amanhã conto-lhe o que tinha acontecido. Agora não dá.
********************
-WOW! A SÉRIO? NÃO ACREDITO! - Joana exclamou com os seus cereais na boca quando acabei de lhe contar tudo o que se passara ontem à porta do prédio. - Pelo menos deste o final que sempre querias à tua história contigo e com o Diogo.
-Sim, agora sei que pelo menos essa parte de mim não vai acordar mais. - realmente era um alívio. Acho que finalmente iam acabar os pesadelos com o Diogo.
- E quanto ao Hugo?
- Quanto ao Hugo não há nada a fazer. É continuar. Não fizemos nada que me marcasse o suficiente para acontecer o mesmo que aconteceu com o Diogo. Eu impedi. E como não o vou voltar mais a ver, a paixoneta vai-se num instante. Tal como a paixoneta pelo Taylor se foi. - Sorri-lhe. E era um sorriso sincero, o que estava a dizer era mesmo verdade. - Agora, butes para a universidade!!
Saímos as duas porta fora e no final do dia, a noite de ontem parecia que não passara de um sonho.
Acordei desesperada. Aquele sonho realizou o que eu mais quero nesta vida, um final na minha história com o Diogo. Pode ser que aconteça, pode ser que não. Não me importava que se tornasse realidade. Uma coisa é certa, não espero mesmo esquecer o meu TAYLOR *-* (I LOVE YOU FOREVER TAY <'3)
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