domingo, junho 19, 2011

Um Pesadelo tornado Realidade


Enquanto percorro o caminho sinto que algo está mal, que alguém está completamente destroçado... Mas quem?
Caminho em direcção à casa dele. Depois de ver se ele está bem passo para os meus amigos. Mas ele é o mais importante e é dele que este pressentimento vem.
A porta está aberta, o que não é nada normal. Entro cuidadosamente e agarro numa jarra que está na mesa não vá estar alguém que me possa fazer mal.
De repente, oiço risos. Um riso é dele, o outro é-me familiar... Sinto um aperto.
_É bom não é? Sem ela saber. - a voz dele fala e percorrer o corredor. A voz provêm da porta do quarto dele.
_É! Sabe tão bem enganá-la. É tão ingénua! - desta vez é a voz familiar.
Mais um aperto. Era como se o meu coração acabasse de se tornar em mil pedaços sem possibilidade de reconstrução. Foi então que me apercebi que o pressentimento não era por ele, mas por causa dele. A voz da pessoa que se encontrava com ele era aquele que ele tanto jurava que odiava.
Corri dali para fora, deixando cair o vaso que estava na minha mão. Prometi a mim mesma que não iria chorar, que não lhe iria falar e que não me ia preocupar com ele. Tinha um exame muito importante pela frente e era nisso que me ia concentrar. Todos os momentos livres seriam passados na explicação. E é para lá que me dirijo neste momento.
Sai da explicação e encontro-o à porta
_Porque não respondes às sms's? Nem atendes o telemóvel? - pergunta.
Dou meia volta para não o encarar. Ele agarra-me o braço.
_Que foi?
_Não encontraste nenhum vaso partido? - pergunto.
Ele larga-me. Percebi logo que ele tinha chego onde eu queria.
_Descul...
_Não quero as tuas desculpas. - repondi calmamente.
Vou-me embora, afastando-me dele. Agora as lágrimas percorrem a minha face.


É impressionante como o sexto sentido da mulher nos consegue avisar antes que as coisas aconteçam. Agora, aprendi a dar-lhe ouvidos.

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